Hora da vírgula

Olá pessoal que acompanha o blog .
Hoje foi um dia meio cansativo pra mim , mas graças a Deus , deu pra vir postar algo pra vcs hoje .
Como eu tinha dito ontem , hoje eu vou falar sobre como o poema " 1955 " se aplica na minha vida , e alguns significados relacionados À História e à espiritualidade .
Eu escrevi esse poema há uns 7 meses atrás , em um dia bem down mesmo .Cheio de problemas emocionais ( nada de novo debaixo do sol quando se trata de uma pessoa jovem ) , espirituais e de relacionamento. Estava tudo muito difícil e eu estava procurando uma váluva de escape pra me sentir melhor .Fui orar e comecei a desabafar com Deus.Sendo bem sincero , não me senti melhor depois de ter orado ( apesar de saber que a culpa não foi de Deus , e sim minha ) , e então fui escrever .Saiu isso aí que vcs leram.

Muita gente que leu o poema se escandalizou pelo fato de eu ter usado o conhaque como metáfora .Mas quando eu penso em fuga , a primeira coisa que me vem à mente é bebida.Então resolvi usar o conhaque como uma metáfora pra minha fuga , pro meu desejo de sumir.Eu estava tentando procurar algo que salvasse de tudo o que eu estava passando , eu estava querendo ser melhor , por isso o pedido de segunda chance.

Não sei vocês , mas as vezes eu me sinto pressionado pela forma como as coisas são apresentadas e exigidas.Eu me sentia extremamente preso e sem saída , porque estava lutando pra corresponder a expectativas e não conseguia.Parecia que todo mundo estava me olhando ,e que a qualquer erro ou fatalidade ," cairiam matando " em cima de mim , por pensarem que eu sou um " menino modelo " .Eu me sentia só .E isso é engraçado , pois na minha cabeça eu SABIA que não estava só, mas mesmo assim eu SENTIA que estava .Era meio que uma mentira inconsciente ( ou consciente ? ).

Como eu disse , as expectativas geradas em mim , me fizeram uma pessoa muito auto- crítica .Eu me cobrava perfeição.E em meio a tudo aquilo , eu já não me reconhecia , porque eu estava fraco , ferido , sujo .Eu sempre tinhe sido o cara forte , frio e feliz.Quem eu era ?

Percebi a hipocrisia ( não só a minha quanto as das pessoas .).A verdade é que TODOS nós somos pessoas estúpidas e cheais de manias e vícios que não podem oferecer nada pra Deus.Somos pessoas que olhamos pro outro , e mesmo nos reconhecendo , ainda assim criticamos.Nada além de mendigos.
O estopim do poema é o momento do reconhecimento no outro.Quando nós percebemos que não somos melhores que o outro simplesmente por fazer mais boas obras ,ou por sermos mais tranquilos e equilibrados, ficamos um pouquinho menos hipócritas e mais conscientes da nossa estupidez diante da criação.Não adianta fugir .O negócio é meter a cara mesmo , e deixar que Deus faz por nós ( provavelmente nesse estágio " entreguei pra Deus " nós já tenhamos apanhado MUITO.).
A relação com a data tem a ver com o que a Niara falou em um comentário.Fala de reestruturação .Essa data é umaa data em que muitos países ainda se recuperavam dos traumas de guerra , e toda recuperação desse tipo é dolorosa.A data fala de que se quisermos ser totalmente curados e felizes , precisamos nos reestruturar dolorosamente.

Bom galera , é isso .
Desculpem pelo texto MEGA longo .Espero que tenham gostado .
Amanhã estarei de volta com um novo assunto : Filmes ( recomendações e considerações ).